Comunicação e criatividade é tudo?
Pensando em fugir de mitos e técnicas de vendas já manjadas e aprender a estudar a concorrência, é fundamental adicionar um novo questionamento a este pensamento.
Em sua opinião uma pessoa criativa e comunicativa é um bom vendedor?
Se sua resposta é sim, não deixe de ler este artigo. Agora colocarei em dúvida um dos principais mitos do mercado.
Os dois requisitos para um bom profissional de vendas são exclusivamente comunicação e criatividade?
Então, se um vendedor for bastante comunicativo e tiver uma mente criativa é um profissional de vendas excelente.
Precisamos ser bastante cautelosos quando estamos nos comunicando de maneira errada. Será que os vendedores criativos estão dizendo o que o consumidor quer ouvir ou apenas dizendo coisas criativas?
Para o cliente comprar ele precisa ser conquistado, sensibilizado, precisa se apaixonar pelo produto ou pela ideia vendida, então não basta dar uma série de informações.
A venda deve fazer o cliente ter vontade de se comprometer com o objetivo apresentado.
Muitas vezes uma frase ou uma conversa bastante criativa e animada não são o suficiente para concluir a venda e acabam cansando o cliente.
Muitos vendedores perdem a chance de fazer uma boa venda, pois estão trabalhando só com a criatividade. Esquecem de fazer um bom estudo do cliente, do concorrente e do mercado antes de vender.
Já ouvi muitos dizerem que é errando que se aprende, mas duvido muito que falaria isso para um médico na véspera de uma cirurgia.
Não faz sentido! O principal erro na venda é aquele que faz com que o cliente não volte mais.
Voltando ao assunto criatividade e o seu papel na venda, fica fácil demonstrar o quanto ela pode ser desnecessária, reserve a criatividade para nossos colegas publicitários, que fazem, afinal, se não aplicar suas mentes criativas para vender produtos e serviços de seus clientes?
Propagandas e lojas populares são todas iguais e repetitivas – um locutor inspirado, placas gigantes com preços e parcelas ou taxas de juros ao lado dos anúncios, lojas cheias e com muito movimento, pessoas felizes comprando e o principal “só amanhã”.
Acho que desde o início do plano real vejo estes anúncios. São criativos? Nem um pouco! Funcionam? Totalmente!
Esta é a grande oportunidade para entrarmos em um território subjetivo. “Chamar atenção” é um fator determinante na venda?
Quantos já ouvimos falar que para mulheres e homens considerados bonitos, chamar a atenção é mais fácil, porque seu visual e aparência podem ajuda-los a vender um produto? Aos olhos de qualquer ser humano a beleza agrada.
Todos gostam de olhar paisagens e pessoas bonitas. Mas afirmar que este tipo de atenção conquistada é fator determinante, já é outra história, um grande erro na verdade.
A primeira impressão do cliente será positiva, porém todo resto dependerá da condução da venda.
Sucesso de vendas e a conquista do cliente dependem de estratégia e planejamento feitos para o desenvolvimento de um bom relacionamento.
Os vendedores que estudam o cliente e planejam seus argumentos de vendas de acordo com a necessidade do consumidor fecham negócios.
Vendedores que investem tempo em relacionamento com o cliente, mantendo-se presentes em diversos momentos, apresentando novidades e proatividade fazendo o uso de ferramentas, com certeza têm enorme chance de ter um alto índice de retenção do cliente, para que ele não compre apenas uma vez e sim sempre.
Quem planeja, estuda o cliente, investe em relacionamento. Pode apostar vai ter um índice melhor de retenção do cliente.
Visual e beleza trazem boa impressão inicial e muito ajudam no contato. Mas faz parte de outro processo que irei abordar em outro artigo sobre o investimento na marca pessoal.
Enquanto isso as lojas populares explodem em vendas, e os vendedores criativos continuam achando que são excelentes por que possuem imaginação fértil.
O grande segredo é aplicarmos no trabalho planejamento, não se esquecer do fator humano – cada pessoa é de um jeito.
Seu cliente pode se sentir mais confortável com um vendedor sério e objetivo, outro pode ser falante e preferir uma boa conversa.
Inove-se a cada visita, a cada contato, em busca dos seus objetivos. Isso sim é ter criatividade!
Autoria: Rafael Zupekan